Estar desempregado,para além de ser uma situação deplorável,a vários niveis,permite igualmente algum tempo livre para aprender (e apreender)muitas ideias,situações, questões e dúvidas,as quais,enquanto mergulhados na labuta diária pela sobrevivência nos passam,muitas vezes,ao lado.
Tanto assim é,que,eu,pobre,iletrado e semi-analfabeto operário,apenas nestes últimos dias consegui "descobrir" o mundo dos blogues.Parecem ser uma forma interessante de as pessoas se darem a conhecer,através dos seus escritos,dos seus interesses, pelas suas ideias e opiniões.
Por acaso,chegou-me às mãos o Jornal de Notícias de 4 Abril de 2009,incluindo um suplemento( "NS-Notícias sábado"),que apresenta um interessante artigo intitulado "No reino da blogosfera"que lí com alguma atenção,mas,um parágrafo em particular se salientou,em que o Sr.Francisco José Viegas,jornalista,escritor e blogger,tece alguns comentários sobre os blogues que,literalmente,me deixaram abismado,como por exemplo:"...encontro-lhes grandes virtudes,a par de coisas dispensáveis (a verdade é que antigamente muitos idiotas andavam anónimos pelas ruas e hoje grande parte deles encontra-se na blogosfera)".
Ora,eu,pobre,iletrado e semi-analfabeto operário questiono(-me):quem são os idiotas? Todos os que não são "jornalista,escritor e blogger"?
Se o senhor pretende apodar alguém de "idiota",por favor,assuma o nome,ou nomes de quem pretende atingir.
Se assim não for,sinto-me no direito de interpretar as suas palavras como uma ofensa pessoal.
Por favor,Sr.Francisco José Viegas,jornalista,escritor e blogger,esclareça-me.
Eu sou um idiota?
Porquê?
E que razão,motivo,direito tem o Sr.para me considerar idiota?
Ou será que existe uma "ligeira"inversão de conceitos e,afinal,os idiotas não são anónimos mas sim personagens bem conhecidas da sociedade,com nome próprio?
Escreve-se,no mesmo parágrafo:"Sendo a net barata,acessível e livre,"dá para tudo,para o melhor e para o pior,para a maledicência e para a aldrabice,para as cartas de amor(ridículas,evidentemente)e para a banalização de tudo.É aí que estamos todos""
Pretende o senhor expressar o conceito que a internet NÃO deveria ser acessível a todos?
E quem deveria "controlar" o acesso?
Pelo que parece,não será só a internet a "dar para tudo",incluindo a "maledicencia".
Se o sr.Francisco José Viegas,jornalista e etc. se sente incomodado com a presença da ralé,apenas terá que se dar ao trabalho de criar uma rede informática pessoal com acesso restrito ao próprio e aos seus pares.Uma espécie de "Clero,Nobreza e povo" das tecnologias da informação.
Repare como tive o cuidado de escrever "povo" com letra minúscula,para não ferir susceptibilidades.
Quanto á questão das ridículas cartas de amor,acabei de ler "À minha mãe" de Nuno Guerreiro Josué,no blogue "Rua da Judiaria".
Eu,pobre,iletrado e semi-analfabeto operário penso que é uma das mais belas cartas de amor que tive a "chance" de lêr.
O Sr.Francisco José Viegas considera o texto "ridículo"?
Atento,venerador e obrigado
José Pedro R.C. Pereira Turner
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