quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Outono 2010


O Sol ilumina fracamente a madrugada, por entre nuvens cor de cinza. Da minha varanda espraio os olhos pela rua de sempre, as casas e edifícios de sempre. O pequeno jardim, com dois bancos, onde idosos passam algum tempo, durante o dia e alguns casais jovens namoram, à noite, permanecem imutáveis. Mas, a primeira alvorada do Outono traz consigo uma brisa fresca, que agita suavemente as folhas caídas, espalhando um tapete em tons de vermelho, castanho e ouro, brilhantes com as gotas de orvalho, reflectindo a aurora, criando minúsculos arco-íris que iluminam o dia e aquecem o nosso coração...aquele movimento rápido que apercebemos, mesmo no instante em que saímos da varanda, de retorno ao aconchego, seria uma folha a esvoaçar? Ou um fauno, vislumbrado num breve momento de magia?
De novo, a beleza triste e nostálgica (mas pode a beleza existir sem nostalgia?) de Erik Satie a acompanhar esta mensagem.

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