sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sefarad


(...)
     "Tu és hebreu, meu filho! É a tua felicidade e a nossa desgraça!"
     Assim se expressou o poeta israelita Shaul Tchernihovski, para se referir ao 
histórico inerente do seu povo.
     Para analisarmos,tanto quanto possível objectivamente, o comportamento de uma sociedade étnica em relação a outras, torna-se necessário principiarmos por analisar a imagem que essa sociedade tem de si própria, quais os ponto fundamentais da sua memória colectiva e quais os seus objectivos nacionais.
     Como memória colectiva, os judeus quando chegaram à Península Ibérica, tinham um Livro.Para eles, era a fonte única da sua história e da sua religião.
(...)

Mais um grande livro de Inácio Steinhardt: "Raízes dos Judeus em Portugal".


"Adio Kerida":  Sefarad na voz de Kohava Levy...

sábado, 16 de junho de 2012

Alfarrábios


  Uma pequena preciosidade, encontrada num alfarrabista da cidade do Porto:

  O Transvaal e o Estado Livre de Orange, livrinho de divulgação, da autoria de Eduardo de Noronha


           
Em 1899, a descrição do Transvaal começava assim:


                                      O Transvaal e o Estado Livre de Orange

                                                         ---------------

                                                        CAPITULO I


Divisão da Africa do sul -- limites do Transvaal -- Descripção physica -- Flora --  Campos de oiro --  Capital empregado nas minas -- Commercio -- Divida -- População -- Afrikanders, uitlanders e boers -- Divisão administrativa -- Vida dos boers -- religião -- Linhas ferreas -- Telegraphos.

Quem lançar a vista para a carta da Africa do Sul ha de ver essa vastissima região repartida em oito grandes divisões, a saber: ao occidente as possessões allemans; ao sul a colonia do Cabo; a sueste a colonia de Natal; a leste a província de Moçambique; no centro, do poente para o levante, a nação dos bechuanas, a terra dos matebeles e a Rhodesia, zonas annexadas pela Gran-Bretanha;o Estado Livre de Orange; a patria dos semi-independentes bazutos, e o Transvaal com o protectorado da Suazilandia. Estes dois ultimos paizes estäo rodeados pelo norte,leste e sul por territorios inglezes e pelo oriente pelos districtos de Lourenço Marques e Inhambane.

O Transvaal ou Republica Sul Africana está situado entre 22° 30' e 28º de latitude sul e entre 21° e 30º de longitude a leste de Paris. A sua superficie é de 182:000 kilometros quadrados. 0 Transvaal é limitado ao norte e noroeste pelo curso do rio Limpopo; a oeste, como já dissemos,por territorios britannicos; ao sul por um affluente do rio Vaal, que o separa do Estado Livre de Orange, e por parte da cordilheira do Drakkensberg; a leste pela Zulolandia, Suazilandia e terra dos tongas. Os limites entre o Transvaal e Natal säo determinados pelo curso superior do rio Bufalo. (...)


Em 2012, ligamos o computador, usamos um "motor de busca" e logo nos aparece o artigo de uma das muitas internéticas "pédias", que nos fornece a seguinte informação:

Transvaal
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

    Esta página ou secção não cita nenhuma fonte ou referência, o que compromete sua credibilidade (desde julho de 2009).
Por favor, melhore este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto por meio de notas de rodapé. Encontre fontes: Google — notícias, livros, acadêmico — Scirus — Bing. Veja como referenciar e citar as fontes.
   

Coordenadas: 25° S 28° 30' E

Transvaal foi uma das províncias da África do Sul entre 1910 e 1994, com capital em Pretória.

A província como tal já não existe. Em 1994, o território do Transvaal foi dividido em quatro novas províncias: Gauteng, Noroeste, Limpopo e Mpumalanga. Ali se encontra Witwatersrand, o complexo industrial mais importante da África do Sul.

No século XIX, Transvaal designava os territórios que se constituíram em uma república boer denominada Zuid-Afrikaansche Republiek (República sul-africana), informalmente referida como República do Transvaal. Esses territórios ocupavam toda a parte norte da África do Sul, situados a montante do rio Vaal até ao rio Limpopo.

Anexado pelos britânicos em 1902, o Transvaal tornou-se, em 1910, uma das quatro províncias sul-africanas.





 Reconheço que prefiro a versão de 1899...é mais informativa...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O Tempo das cerejas


No interregno do "Memórias", como já foi comentado, muitos acontecimentos se sucederam, mas um dos mais repugnantes atingiu o meu amigo Vítor Dias:
Alguém (a soldo de que inconfessáveis interesses?) arruinou o seu blogue. Quem procurar "O Tempo das cerejas" encontra uma página - em Japonês... - relativa a um grupo farmacêutico.




Mas Vítor Dias não desistiu e o novo O Tempo das cerejas aí está, com a pujança de sempre, em defesa dos valores da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade. Não conseguirão calar a voz dos que falam em nome dos oprimidos!



"Le Temps des Cerises" na voz de Marcel Mouloudji:

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Midway


MIDWAY : trailer : a film by Chris Jordan from Midway on Vimeo.


Midway: um pequeno pedaço de terra, perdido no Oceano Pacífico. O nome recorda-nos, vagamente, uma batalha da II Guerra Mundial. Recorda-nos que aí se perderam muitas vidas. O que não sabemos é quantas outras vidas continuam a perder-se, estupidamente, pela ganância de poucos e pela indiferença de muitos.
"Midway" é um grito de alerta, uma mensagem de desespero, uma tentativa de dar voz aos que não sabem "falar".
Será que os conseguiremos escutar? Ou vamos continuar a fechar os olhos, a tapar os ouvidos, a virar a cara para o lado...afinal já temos tantos problemas...que nos importam "meia-dúzia" de pássaros mortos numa ilhota perdida não se sabe bem onde...

sábado, 9 de junho de 2012

Regresso



      Desde Dezembro de 2011 apenas duas esporádicas "ondas" agitaram a água.

      Dois pequeninos seixos, relembrando que a vida ainda existe, que não abandonamos a margem, que permanecemos atentos.

      Espero que este "post" simbolize o regresso a uma actividade mais regular- que a luta pela sobrevivência do quotidiano e a luta (ainda mais urgente)pela vida - impediram.

     As águas do rio não pararam, permaneceram no seu impassível movimento, mais lentas ou mais rápidas, mais ou menos agitadas, aquecidas pelo sol da manhã,arrefecidas pela frescura da tarde. Imutáveis.

    Neste tempo, muito passou "ao lado" do "Memórias": descobertas científicas, inovações tecnológicas, conceitos sociais e filosóficos. Governantes foram substituídos, líderes políticos e económicos tombaram do seu pedestal e outros ocuparam os seus lugares, nasceram e morreram estrelas...

  No entanto, o "Memórias" esteve afastado, mas não ausente...




  Regressemos "em grande"...


  Étude Revolutionnaire de Chopin, pelas mãos de Horowitz.